Alguns dias atrás, recebi um e-mail de um skatista aqui de Tubarão/SC, chamado Clair, relatando sua revolta em relação ao desprezo dado por alguns skatistas e autoridades de nossa cidade, em relação a nossa antiga e cheia de buracos, pista pública de skate.
Pensei comigo: porque eu nunca havia pensado nessa pauta para matéria? Burrices de minha parte, resolvi dar a devida importância ao skatista Clair e seu depoimento, fazendo algumas fotos do mesmo e escrevendo a matéria que publicarei agora no Blog SkatecomMédia e também no blog SkateemFoco.com, mas com bem menos pimenta.
A cidade de Tubarão possui duas pistas de skate, uma pista comunitária, utilizada para a prática da modalidade street, localizada em um bairro distante do centro e pouco frequentada pela juventude, visto que o bairro possui uma "fama" (identificada por gente que nunca foi no local) de lugar de vagabundo e drogado (nunca me encomodei andando de skate na pista e o pessoal por lá é gente fina); nossa outra pista, é publica e suas origens são meados dos anos 70, época em que se praticava a modalidade dos Z-boys, o bowl (bolw?), ou "piscina", se assim desejar.
O fato é, que nossa pista, isso muita gente não sabe (porque não se preocupa em pesquisar), nem mesmo a prefeitura, foi apontada como umas das pistas mais importantes do terrirório nacional (Revista Yeah, nº 01, 1989), se tratando de um simbolo da história do skate brasileiro e tubaronense, que hoje está completamente abandonada. Foi também, palco de muitos campeonatos importantes ao longo de sua história. Por ela, já passaram inúmeros profissionais (alguns que me lembro) como: Catarina, Marcelo Kosake, Lincon Ueda, Nilton Urina, Denis Buiú, Otávio Neto, Rodrigo Jaca, Gabriel e Dimitri Sândalo, Rafael Russo, Willian Seco, Cesar Gordo, e recentemente, Ricardo Pinguim.
Outro problema, e esse não pode-se "generalizar" como muitos fazem, é o uso de drogas por parte de alguns skatistas (vai se drogar em casa, no mato, ou melhor... na cadeia! Mas não no centro da cidade ao lado da pista de skate, p#rra!), que acaba causando um "desagrado" por parte das pessoas, jovens e idosos, que frequentam o lugar para praticar um esporte sádio e descontrair um pouco, já que não tem muitas opções em nossa cidade azul.
Clair afirmar também, que alguns dos seus amigos se afundaram nas drogas e pararam de praticar o esporte, mas existe o outro lado da história (ou da moeda), das pessoas que se divertem e estampam no rosto a felicidade do dever cumprido, ao ficar a tarde inteira tentando e voltar um "rock-n roll", nas emocionantes e difíceis paredes da pista.
No dia 24 de dezembro de 2006, foi feito uma "espécie de reforma", com o apoio de empresas privadas e a organização de um indivíduo que se "diz" do skate (volta para sua cidade, o skate daqui não precisa de você!), para a realização de um campeonato. Mas que por muita falta de "vontade" (mas muita mesmo), a reforma não chegou a ser bem sucedida, ou melhor, ficou uma "me$d#", pois os buracos apareceram ainda nas primeiras horas do campeonato. A pista chegou até a ganhar uma nova tintura, bem bonitinha, cheio de patrocínios, ficou parecendo um stock car, de empresas que nem sabem o que é um carrinho (pensam que é para carregar bebê). O dinheiro recebido pelos patrocínios, ninguém nunca viu! Dizem as más línguas (ou pessoas próximas), que foram gastos na praia, regada com muita gelada e umas coisinhas a mais.
Nosso objetivo é mobilizar as autoridades, a iniciativa privada e os verdadeiros skatistas para conservar esse patrimônio da história do skate nacional.
Então você pode até se perguntar: cadê a Associação Tubaronense de SkateBoard? Vamos provar que é possivel... o tempo é nosso aliado!
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Por: Faisca (O falso moralista. Amado e odiado por quem merece!)